
A comissão diretiva da Mercadona, empresa de supermercados físicos e de venda conectados, concordou em aumentar o salário de todos os seus funcionários de acordo com o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), não apenas no salário base conforme indicado no contrato de empresa, mas no salário total do pessoal, incluindo os respectivos suplementos. O indicador antecedente do IPC situa sua variação anual em 5,8% em dezembro, um ponto abaixo da registrada em novembro. A taxa anualizada do indicador antecedente do núcleo da inflação aumenta seis décimos, para 6,9%.
“Esta medida entrará em vigor a partir da folha de pagamento de janeiro dos mais de 96.000 trabalhadores que a Mercadona tem em Espanha e Portugal, de acordo com o IPC do mês de dezembro em cada país”, refere um comunicado da empresa. O objetivo é manter o poder de compra de todas as pessoas que fazem parte da Mercadona, porque são o melhor ativo dos clientes; “Quanto mais satisfazem “O Chefe”, como a empresa chama internamente o cliente, mais a Mercadona avança”, acrescenta a nota corporativa. A notícia do aumento salarial foi avançada esta sexta-feira pelo Cinco dias.
A empresa, certa de que ter aumentado os salários em 2022 em 6,5% em Espanha e 2,7% em Portugal iria significar um aumento nos seus custos fixos, lançou uma série de medidas. “Entre eles, melhorias na digitalização de seus processos e o compromisso de conscientizar toda a força de trabalho na análise dos custos incorridos, movimentos que resultaram, às custas do final do ano, em um aumento de 9% em sua produtividade e poupanças de custos superiores a 200 milhões de euros”, conclui a nota.
O PAÍS da manhã
Acorde com a análise do dia por Berna González Harbor
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